Minha querida, hoje recebi uma prenda de natal que fez o meu dia, a tua visita. Obrigada linda, para mim, estas são as verdadeiras prendas de natal. Deixo-te um beijinho cheio de carinho com votos de um Natal pleno de amor e paz para ti e todos os teus. Que 2007 te traga tudo o que mais desejares. Beijos
Pouco precisamos mais!... Olhos fechados, no silêncio de tudo o que rodeia, apenas com a melodia a fazer parte de nós, numa união única, calma, serena... O silêncio e a concentração despreocupada enche-nos de paz! O cântico suave sai e entra, flui dentro do silêncio que é a essência e aninha-se na unidade do ser, proporcionando-nos um bem-estar que quase não sabemos explicar...
Silêncio! Já tive o silêncio como assustador. Já tive o silêncio como confessor. Já tive o silêncio como algo que não tinha. Hoje tenho o silêncio como o lugar onde vivi momentos maravilhosos! Mas o que é o silêncio? Sem dúvida que ausência de som não é!
Hoje é dia de ser bom. É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, de falar e de ouvir com mavioso tom, de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros. coitadinhos. nos que padecem, de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria, de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem, de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal. É só abrir o rádio e logo um coro de anjos, como se de anjos fosse, numa toada doce, de violas e banjos, Entoa gravemente um hino ao Criador. E mal se extinguem os clamores plangentes, a voz do locutor anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu e as vozes crescem num fervor patético. (Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu? Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.) Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas. Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante. Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates, com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica, cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates, as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito, ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores. É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito, como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento. Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar. E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento e compra. louvado seja o Senhor!. o que nunca tinha pensado comprado.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena. Naquela véspera santa a sua comoção é tanta, tanta, tanta, que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho na noite incerta para ver se a aurora já está desperta. De manhãzinha, salta da cama, corre à cozinha mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza da matutina luz aguarda-o a surpresa do Menino Jesus.
Jesus, o doce Jesus, o mesmo que nasceu na manjedoura, veio pôr no sapatinho do Pedrinho uma metralhadora.
Que alegria reinou naquela casa em todo o santo dia! O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas, fuzilava tudo com devastadoras rajadas e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas: Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá. Já está! E fazia-as erguer para de novo matá-las. E até mesmo a mamã e o sisudo papá fingiam que caíam crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal, Dia de Amor, de Paz, de Felicidade, de Sonhos e Venturas. É dia de Natal. Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Glória a Deus nas Alturas.
agradeço a todos as mensagens deixadas durante estes dias festivos. tenho a noção que falhei no envio de votos natalícios a algumas pessoas que me visitaram e apresento aqui as minhas sinceras desculpas. melguinha, gostava de te pedir o teu mail por favor. um grande beijinho a todos.
Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez, de amor Uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente.
16 comentários:
chama
a noite
chama
luz
na noite
chama
silêncio
a chama
chama
(ps: quem é a cantadeira?)
Quebro o silêncio com votos sinceros de um Bom Natal e um Ano Novo rico em sucesso e alegria
Bjs
M
Minha querida, hoje recebi uma prenda de natal que fez o meu dia, a tua visita. Obrigada linda, para mim, estas são as verdadeiras prendas de natal.
Deixo-te um beijinho cheio de carinho com votos de um Natal pleno de amor e paz para ti e todos os teus. Que 2007 te traga tudo o que mais desejares.
Beijos
e silenciosamente deixo um beijo. como se uma flor fosse.
branca.
Esta é a forma mais bonita de homenagearmos quem queremos e de meditar nesta data... pelo Mundo!.
Um abraço e fica bem
Pouco precisamos mais!...
Olhos fechados, no silêncio de tudo o que rodeia, apenas com a melodia a fazer parte de nós, numa união única, calma, serena...
O silêncio e a concentração despreocupada enche-nos de paz!
O cântico suave sai e entra, flui dentro do silêncio que é a essência e aninha-se na unidade do ser, proporcionando-nos um bem-estar que quase não sabemos explicar...
ali
só
ali
se
se alice
ali se visse
quanto alice viu
e não disse
se ali
ali se dissesse
quanta palavra
veio e não desce
ali
bem ali
dentro da alice
só alice
com alice
ali se parece
poema de Paulo Leminsky
:)
quero lá saber do silêncio.
hoje. :)))))
beijos beijos beijos.
pronto(S)
no silencio
só o chocolate ...
o das lembranças perdidas.
Silêncio!
Já tive o silêncio como assustador.
Já tive o silêncio como confessor.
Já tive o silêncio como algo que não tinha.
Hoje tenho o silêncio como o lugar onde vivi momentos maravilhosos!
Mas o que é o silêncio?
Sem dúvida que ausência de som não é!
*Um espectacular 2007, com muitos “silêncios”
Beijo... Boas Festas...
DIA DE NATAL
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros. coitadinhos. nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra. louvado seja o Senhor!. o que nunca tinha pensado comprado.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.
António Gedeão
agradeço a todos as mensagens deixadas durante estes dias festivos. tenho a noção que falhei no envio de votos natalícios a algumas pessoas que me visitaram e apresento aqui as minhas sinceras desculpas. melguinha, gostava de te pedir o teu mail por favor. um grande beijinho a todos.
Amiguinha e doce Alice, não foi por me esquecer de ti, pessoas especiais estão sempre presente em mim,
foi mais a minha saúde que não consigo estar muito tempo no Pc
quero muito que este Natal tenha vindo com a doçura das palavras,
a felicidade que mereces sempre.
que os teus desejos se concretizem
eu abraço-te ternamente doce amiguinha e vai até ti um beijinho muito doce
adoro-te bela Poeta
lena
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinícius de Moraes
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