não tragas rosas, meu amor
traz o embrulho com pedras
para que possam vestir-me
palavras de que te arredas
com olhos para cobrir-me
desse desejo tardio
de volúpia libelinha
a dançar no corpo frio.
vem c’oa chuva cantarinha
beber-me o sexo em sossego;
e se assoma à amurada
do castelo eu não nego
a sorte que na alvorada
solta no loendro o esperma
da morte que se redime
no coito fácil que enferma.
não tragas rosas, meu amor
traz pedras, pedras, mais pedras
porque os nossos corpos lúdicos
têm o sol das veredas.
*
autor: José Félix
(quadro de salvador dali)
8 comentários:
Venho até aqui deixar um beijinho à minha cara amiga :) voltei aos comentários, depois de uma viagem que me carregou as baterias.
One kiss, João
Bom Dia, querida amiga!
é bom ter-te de volta. Tenho andado fugida que o tempo não chega para tudo.
Espero que estejas bem.
Mil beijos.
Susie
Regresso ao teu espeço com um sorriso.
beijos
Este poema poderia ser teu, parecem palavras saidas da tua mão.
Amiga:
Não ponho em causa a qualidade do trabalho do autor que editas, mas gosto mais quando és tu a escrever....
... para eu me esticar à vontade ehehehe)...
beijos muitos.
Alice,
Já tenho preparado um post com esta ilustração. Não te importas, pois não? Às vezes os nossos gostos tocam-se.
Beijinhos.
Palavras como pedras (de mim, há algum tempo atrás).
Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
"Ca" vergonha!!!
(Mordo osdentes)
Há que tempos que não vinha aqui, "prima".
Garanto que me vou redimir desta ausência...
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