*
dali ao deserto
nem a agonia fugia. e era tanto o peso nos ombros dela. eu queria ensinar a paz ao desespero. levantar o tecto sobre os anexos da alma. eu queria falar-lhe dos estados do tempo e das camionetas no asfalto
dali nem oásis nem fingimentos
e era muito poético o azul distante. eu gostava de ter uma casa na lua. estalar os dedos e ser vidro fértil. eu gostava de ser um pedinte de rua. e coleccionar o teu espanto
dali só poente e brisa de veneno
e era gume e mola esta tormenta. eu seria uma nuvem ou a estrofe perdida de um soneto. eu seria uma tia afastada vestida de pai natal para ela viver mais um ano
dali ao silêncio
os mortos aqueciam a terra e pisá-la era tão amargo
dali era mais perto descer ao chiado e apanhar o metro
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porque acredito que tu vencerás a barreira
20 comentários:
Vou entrando devagarinho por esse teu vidro fértil e fazer-te vidrinhos. :)
Tu querias...tu gostavas...tu serias.... Mas tu és minha amiga, tens sido muito mais que pensas.
"Eu" um dia muito breve te direi venci.
Um Beijo e um abraço apertado
Tendo passado e tendo lido e tendo estado não tenho dito porque me custa um não sei quê na minha vida que não me dá para dizer nada ou quando digo não me dá gozo dizer. Xi, Alice, me gustas e gostei o texto e a foto e o azul do mar e a tua cor que não conheço mas que gostaria de certeza. Xi do lacónico.
Boa Tarde!!!!
Que imagem linda, hum que vontade que me deu se sentir o cheiro do mar...
Lindaaaa imagem, linda linda.
Quanto as palavras... Poeticamente tocante, que leva e eleva.
"eu seria uma nuvem ou a estrofe perdida de um soneto. "
Eu queria e queria muito ser uma estrofe perdida de um soneto para em na eternidade rimar...
Otimo dia para você moça bonita =]
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Muito bom. Nas palavras, no que elas simbolizam, na cor, na serenidade da fotografia.
Alice,
"
viajamos sempre que ousámos sorver o sabor de um céu com estrelas cintilantes em pleno azul do dia!
e somos por lá um cometa sem rota obrigatória, sem dia nem hora de agenda, sem as grilhetas do que nos obriga, sem nada mais do que o que somos.
"
Parabéns pelo texto.
De finíssimo recorte!
Porque tu não so as amas como as vives e nelas deslizas, subtil, sensual, de corais e praias sem areia, mares sem fim...gravidos de ceu e mamilos de nuvem....porque tu acreditas no vidro, translucido, e nos vidros dos olhos escreves, moldas, sopro de vida de corais opacos submersos...nas palavras. tuas.
Beijo
Van
Alice... não carece de comentário, para lá de magnifico. A fotografia é linda, de um azul e de uma paz... grata por me trazeres esta brisa de mar e sal.
Beijo grande
Quem ama palavras , sempre se encontra. Acho que já te conhecia , sim, de outras paragens.
A foto é linda , o texto também.
Um beijo, Alice.
A Fotoescrita pediu-me uma opinião sobre a foto, por ser eu que as lá coloco.
Sem quaisquer presunções posso fazê-lo, mas não sei se será aborrecido coloca-la aqui, fora de contexto. Diz-me para o meu mail como preferes: aqui ou para um mail.
S.
Ora bem, mais uma vez sem presunções mas apenas seguindo as recomendações habituais dos cursos, diria o seguinte: a foto está muito bonita. Cor, luz, focagem tudo impecável. Só há um aspecto que eu corrigiria, que é a divisão "ao meio". Em geral é de evitar. Por acaso neste caso o céu tem umas nuvens lindíssimas que disfarçam, mas mesmo assim, penso que a foto ganhava tirando um pouco de mar, de modo a ficar cerca de 1 terço de mar, e 2 terços de céu. Era só isto...
Olá, Alice!
Deixei a resposta para o S. Não sei se já reparaste, mas o Fotoescrita é um blog a meias: o conjunto de textos inspirados nas fotos que eu vou buscar ao Diafragma e sobre as quais me inspiro. Raramente tiro fotografias e as que publico, só no Palavra Puxa Palavra. De qualquer modo, posso dizer-te que gostei do teu azul e que concordo com o que o S disse.
Boas escritas e boas fotografias! De todas as cores.
Um beijo.
M
A foto esta linda e faz sonhar, e tu podes ter tudo, uma casa na lua, no sol, no mar, podes voar numa nuvem, e embalars-te nas ondas do vento, deixa-te deslizar onde os teus sonhos te guiarem
beijocas
... desceu ao Chiado mas não apanhou o metro; o rio em frente dasafiava-o. Não; não era azul e transparente como o das ilhas caimão. Era apenas um rio; que ao longe lhe mordia o corpo e lhe estrangulava as palavras na garganta. Os seus passos empurravam-no para o cais do sodré. Transtornado desceu a rua íngreme e quando ladeou a estação dos barcos já não via nada. Descalçou-se e lançou-se à água...
... acordou encharcado da transpiração quando bateram à porta. Perguntou quem era e respondeu-lhe uma voz autoritária «Agente Dimas da Polícia Marítima!». Nem a sonhar se podia ter um momento de desvario...
Querida Alice,
Mais uma explosão de sensibilidade e imagem!...
Essa tua fonte de inspiração, para além de ser inesgotável, é igualmente rica em palavras que tu tão bem colocas uma à frente da outra, numa sequência divina do sentido do mundo, bailando com o universo!...
Beijos para ti,
Nuno Osvaldo
Excelente foto.
Lindo texto.
Beijos
ola minha querida, cm estas?
desculpa o meu silêncio.
Invejo a objectiva da lente
por poder ostentar embora por breves momentos.
a confirmação de um lugar ititulado paraiso.
beijos fofos
Oi
Essa foto deixa-me com água na boca, eu adoro paises tropicais, caraibas, ilhas do pacifico...UiUi
Beijoka
Lindo demais...
Amo O silêncio e respeito cada segundo dele.
Bjs
Pequenas franjas de desejo...
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