*
*
a alice mora aquifaceira e redondinha
vai para a fonte velha
à água cantarinha.
não parte a bilha, não
nem vai cedo, ligeira,
caminha devagar
e vai namoradeira.
no meio do caminho
encontra um fauno jovem;
de pã a flauta encanta
e as cotovias fogem.
a tarde vai caindo
na flora clara e virgem
com a luz espreitando
na noite de salsugem
quando raia o dia
o fauno se despede
do corpo oferecido
e que a ramagem pede.
a alice que mora aqui
vem de (*)
se vem do rio (**)
vem com sabor a mel
atentem nesta história
pode ser verdadeira
se tiverem memória
que vela a vida inteira.
alice ou capuchinho
cada qual com o seu lobo;
fauno, juan, casanova
todas levam seu cobro.
no país das maravilhas
assim vai, vem, alice
com a bilha sem água
mas rosto de felice.
e por aqui me fico
já basta tanta trova
não vá alguém pensar
que sou uma águia brava.
autor: José Félix
*
(*) omissão do nome da cidade do texto original
(**) omissão do nome do rio do texto original
Sem comentários:
Enviar um comentário